Já saiu!!!

Boas notícias!
O livro já esta a ser distribuído, já vão poder ficar todos a conhecer como tudo começou...

Numa época em que o Fluxo de Energia fora proibido, três homens refugiam-se nas grutas para refazer e redescobrir o que as lendas diziam. Vão aprendendo e crescendo em domínio, mas chegou o momento em que é necessário passar o testemunho. Quem chega é uma mulher, Siri, que será no futuro a guardiã de todos estes conhecimentos. Venham conhecer esta história com o livro

Reconstruir as lendas

(podem encontrá-lo nas livrarias a partir de sexta-feira ou encomendar a partir do blog editoratrintaporumalinha.blogspot.com)

Esta história

As visitas às escolas como autora deste ano lectivo têm sido muitas vezes preenchidas com conversas em torno desta colecção, O Reino de Petzet.

Uma das últimas, na Escola Jorge Peixinho, deixou-me comovida e sensibilizada.
Aí, O Aprendiz de Guerreiro, ganhou um destaque especial, que irei guardar nas minhas recordações de momentos bons para sempre! Tal como aconteceu, há já uns tempos, ao começar a receber reacções ao livro (não foi, Tomás, Rita, André, Raquel, João?), isto deixa-me sempre com uma fantástica sensação de partilha.

O novo livro que se aproxima, Reconstruir as Lendas, foi escrito no mesmo estado de envolvimento e dedicação como todos os outros. Esta história é, de facto, a minha história.

O novo livro...

... já tem título!!!

Será:

Reconstruir as lendas

Quando é que está pronto? Em Abril!

Será publicado na Trinta por um Linha

Os segredos...

– Era tão mais simples se me contasses tudo de uma vez… - queixou-se Siridgum.
– Tu sabes que o futuro que se vê nem sempre é o que acontece. Acredita, se valesse a pena, já sabias. O que te parece de fazer deste sítio o nosso local de treino?
– Aqui nas grutas?! O Fluxo sente-se tão bem, aqui! Eu achava fantástico, avó…
– Siri, passas a chamar-me Siri.
– Bonito serviço! Vai ser difícil!
Levantaram-se os dois e, concentrando-se, ligaram-se ao Fluxo de Energia, entrando na meditação guerreira.

Os sábios...

– Sentem o mesmo que eu? – perguntou Kremit, olhando para os dois companheiros.
Estes acenaram que sim, sem falar. Havia muito tempo que não recebiam a visita de outras pessoas. A necessidade de consolidar conhecimentos na total clandestinidade levara-os até ali, onde permaneciam escondidos havia mais de vinte anos. A última pessoa a conhecê-los e visitá-los já morrera, deixando-os sozinhos nas grutas.
– O que fazemos? Será mesmo ela?
Kremit precisava que os outros lhe dissessem se o que estava a sentir era real ou imaginado, embora isso fosse estranho, dado que ele era de todos o mais forte no uso da Energia.
Recebeu as respostas na sua mente, como de costume. Quem vinha era a tal mulher, e descobrira o trilho sozinha. Conhecia as lendas, embora não acreditasse nelas. Estava ali com um propósito, o propósito que fazia das suas vidas uma missão. Chegara o momento pelo qual ansiavam, o momento em que poderiam finalmente passar o testemunho. Mas ela não fazia ideia de nada disto.
Quando Siri entrou na câmara onde se encontravam os três homens, ficou surpreendida por estes não se mostrarem admirados nem assustados.

Um tigre...

– O que foi, Siridgum?
– O boneco – pediu o miúdo, estendendo a mão.
– Como é que sabes que tenho um boneco para ti?! – brincou Siri.
Siridgum encolheu os ombros. A mão permanecia estendida. Recebeu o pedaço de madeira e perguntou:
– O que é isto, avó?
– Um tigre.
Salem sorriu e quis saber onde o comprara. Siri ficou sem saber o que responder. Por fim, não querendo mentir, esclareceu:
– Deram-mo, vê lá tu... Um homem velho que achou que eu estava triste de mais...
– Kremit – sussurrou Siridgum, inspeccionando o boneco.
– Diz...?
Siridgum não respondeu a Siri. Encolheu de novo os ombros e pediu que o pusesse no chão. Queria ir brincar.